As “Dunas Bagnold” cercam a borda noroeste da montanha. Algumas são tão altas quanto uma casa de dois andares, e elas são muito ativas. Imagens de satélite mostram os ventos marcianos mudando as dunas 90 cm por ano.
A chegada da Curiosity nas dunas não é o começo apenas para o veículo espacial marciano, mas para toda a exploração do espaço. “Nenhuma duna ativa foi visitada em qualquer lugar do sistema solar além da Terra”, diz um comunicado de imprensa da NASA.
A sonda vai colher uma amostra do material para analisar a duna em seu laboratório de bordo. Ela vai procurar pistas sobre a composição das dunas e como o vento as molda. Por exemplo, “Estas dunas têm uma textura diferente das dunas na Terra”, diz Nathan Bridges da equipe Curiosity. “As ondulações sobre elas são muito maiores do que as no topo de dunas terrestres, e não sabemos porquê. Temos modelos com base na baixa pressão atmosférica. É preciso uma velocidade do vento superior para fazer uma partícula se mover. Mas agora nós teremos a primeira oportunidade de fazer observações detalhadas.”
O principal objetivo da Curiosity agora é explorar o Mount Sharp, em camadas, a montanha que se eleva 5,5 km acima da cratera Gale. A meta da sonda é verificar o maior número possível dessas camadas de rocha. Assim como camadas de sedimentos na Terra fornecem uma janela para o passado, os cientistas estão esperando que as camadas do Mount Sharp forneçam alguns insights sobre a história geológica de Marte.